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Sempre-aluna é aprovada em 15 universidades americanas

25 maio de 2015

A sempre-aluna Giulia Pereira Cruz Sperandio, formada no ano passado pelo Da Vinci, foi aprovada em 15 universidades nos Estados Unidos, sete delas com bolsas de estudo. Dentre as universidades em que foi admitida está a UCLA (University of California, Los Angeles), uma das mais conceituadas do mundo.

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Enquanto aluna do Da Vinci, Giulia participou do programa High School e também de várias atividades da escola, como fóruns e viagens acadêmicas.

O processo seletivo das universidades americanas leva em consideração o currículo escolar, atividades extracurriculares, teste de proficiência em inglês, as notas no SAT e cartas de recomendação.

Confira abaixo uma entrevista com Giulia.

 

1)  Como foi a decisão de fazer um curso superior fora do país?

A decisão foi difícil. Para chegar a uma escolha final eu tive que colocar os prós e os contras numa balança. Vale a pena deixar minha família, amigos, casa e meu Brasil para ir a um lugar onde eu teria que recomeçar minha vida sozinha? Parece uma decisão um tanto extrema, não? Mas eu decidi que se eu quisesse tirar mais das oportunidades, ter minhas próprias experiências, ganhar experiência e treinar determinação em uma das melhores faculdades do mundo, eu deveria ir estudar nos Estados Unidos. Eu me senti preparada, pois tive uma educação sólida em casa e a melhor formação que eu poderia no Leonardo. Ao optar pelos Estados Unidos eu levei em consideração a educação e as oportunidades. Eu tive que mudar minha preparação para seguir esse novo caminho, mas tenho certeza que valeu e valerá á pena.

 

2)  Como foi a seleção nas universidades? Em qual delas pretende estudar?

A seleção das universidades foi difícil, afinal, há mais de 5000 universidades nos Estados Unidos. Eu comecei com as regiões com as quais eu poderia me adaptar melhor e pesquisei as melhores universidades nessas regiões. Mais tarde, incluí algumas, e boas, universidades que eu teria grandes possibilidades de bolsas. Tive que fazer o SAT (uma espécie de Enem dos EUA) e o TOEFL, pedir cartas de recomendação para meus professores e coordenadores, escrever redações, preparar currículos e mandar notas. No mês de abril começaram a chegar os resultados: passei em 14 universidades, 7 com bolsas de até 60%. Dentre essas está a UCLA, uma das quinze melhores universidades do mundo e a universidade com mais aplicações no mundo, 92.000 para somente 5.000 vagas.

Eu decidi que queria ter a melhor educação possível, então optei pela UCLA. Infelizmente com a crise econômica e política do país e sem bolsa nessa faculdade (alunos estrangeiros não têm direito à bolsas nessa universidade), eu me vejo em um impasse. Diante disso, venho aplicando para bolsas de estudo, pedindo ajuda de organizações e também criei um site para doações para que eu possa realizar meus objetivos e entrar na UCLA. O site é www.kickante.com.br/campanhas/pre-medicina-na-ucla e eu gostaria de pedir a ajuda de todos, tanto com compartilhamentos como com doações. É um preço caro a se pagar por uma universidade, mas é uma oportunidade de muito valor e uma experiência inigualável, poder estudar com as mentes mais brilhantes dos Estados Unidos e ter aulas com professores ganhadores de prêmios Nobel, além das diversas outras possibilidades.

 

3)  Como o Da Vinci o ajudou neste processo?

O Da Vinci sempre foi minha segunda casa. Estudei na escola por doze anos e ela me ajudou a abrir meus horizontes e sempre a querer mais. Através do estudo de línguas, viagens nacionais e internacionais, da possibilidade de cursar a High School, dos professores e dos educadores, além dos funcionários, pude crescer como pessoa e me tornar uma jovem a querer sempre mais, saindo da minha zona de conforto. Por possibilitar uma interação maior com os professores, diretores e coordenadores, consegui ter a atenção necessária para me tornar a jovem que sou hoje. Além disso, a convivência diária e prolongada com jovens motivados e inteligentes me proporcionou mais do que boas discussões e experiências: também me proporcionou amigos para toda vida.

 

4) Quais as expectativas de estudar em outro país?

Espero me adaptar e poder tirar o máximo de toda experiência que é estudar fora. Espero me envolver em pesquisas, atividades voluntárias e fazer uma rede de conexões para me ajudar nessa transição. Quero não sentir tanta falta do Brasil, mas sei que vai ser muito difícil. E quero crescer mais como pessoa e alcançar meus objetivos! Também mal posso esperar pela primeira semana de aula e o primeiro jogo da temporada do time da minha faculdade, que é um rito de passagem de todo novo “Bruin” da UCLA.

 

5)  Qual o conselho você dá para outros alunos que querem estudar fora?

Meu conselho para os alunos que querem estudar fora é: comecem a se preparar antes. Boas notas, envolvimento dentro e fora da escola, busca de novas oportunidades e o aproveitamento das oportunidades, são vitais para ser admitido nas melhores universidades. E também recomendo que comecem a pesquisar as universidades o mais cedo possível, para que consigam dar conta das aplicações e do processo de admissão de cada uma. Como as admissões ficam mais difíceis a cada ano, você precisa ter um diferencial e uma boa redação, pois é através desses que o comitê de admissões vai perceber sua singularidade e vai lutar para ter você. Pude visitar algumas das faculdades em que fui admitida e foi incrível ver que o pessoal da admissão lembrava da minha redação dentre as 5.000 que cada um lia. Isso é o que você deve querer: se destacar com sua personalidade única. Na hora de escrever minhas redações eu sempre me perguntava: “Se alguém encontrasse essa redação, eles saberiam que era minha?”. Lembre-se de sempre destacar sua singularidade. Tudo é válido, desde que você saiba abordar apropriadamente.

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