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Entrevista com Denis Peres, sempre-aluno

14 junho de 2016

Dando continuidade ao projeto onde publicamos em nosso site entrevistas com sempre-alunos, conversamos com o sempre-aluno Denis Peres. Denis, que é fisioterapeuta, já  integrou a comissão técnica de diversas modalidades esportivas em competições nacionais e internacionais. Na foto, com Arthur Zanetti, campeão olímpico e mundial na modalidade de argolas.

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Confira abaixo a entrevista:

01) Nome completo:
Denis de Moraes Peres

02) Idade:
36 anos

03) Em que ano se formou no Da Vinci? Quantos anos estudou na escola?
Comecei a estudar no Colégio em 1990, ano da fundação da escola, onde tive o prazer de estudar até o ano de 1996.

04) Prestou vestibular para qual curso, para qual faculdade?
Em 1998, fiz vestibular para Fisioterapia na Universidade Estácio de Sá, no Rio de Janeiro. O meu sonho era de alguma forma participar de grandes competições esportivas como a Copa do Mundo e as Olimpíadas, representando o Brasil. Para isso, fui estudar com o maior expoente da fisioterapia do Brasil e do mundo naquela época, Dr. Nilton Petrone (Filé). Lendo uma matéria em uma revista de grande circulação descobri que ele era reitor da Universidade e que tinha 3 clínicas voltadas para reabilitação acelerada de atletas na cidade do Rio de Janeiro.

Ao ingressar na Universidade, logo no 3º período, passei em uma prova de seleção para entrar no estágio com Dr. Nilton Petrone em uma de suas clínicas, onde pude dar os primeiros passos na fisioterapia. Basicamente era um estagiário muito prestativo e curioso que observava de longe o atendimento de grandes atletas do futebol como Romário, Bebeto e etc….

Somente no 7º período, quando feita uma parceria entre Dr. Nilton e o Ronaldo Nazário (Ronaldinho) criando o maior e melhor centro de reabilitação da América Latina (Centro Internacional de Reabilitação Nilton Petrone R9), depois de muita observação, estudo, palestras, seminários e cursos, que eu realmente comecei a ajudar efetivamente nos atendimentos dos atletas sobe a supervisão dele e de outros grandes profissionais como Bruno Mazziote, hoje fisioterapeuta do Corinthians.

Ao encerrar a Universidade recebi uma proposta de ficar e continuar trabalhando com eles, mas sentia que sempre continuaria a sombra de meus mestres e professores que tanto me ensinaram, e foi então que decidi voltar para Vitória e tentar desbravar um novo mercado.

05) Conte-nos sobre sua trajetória profissional e expectativas no campo da profissão:
Em Vitória, me vi em uma cidade que não existia esporte de alto rendimento, os médicos e profissionais da minha área não conheciam as técnicas de reabilitação, que eram revolucionárias para época e, em 2003, o único esporte que o Estado se destacava, e de maneira amadora, era o Futebol de Areia, no qual havíamos nos sagrado campeões brasileiros uns anos antes. Fui indicado por um amigo para atender os atletas e isso acabou sendo minha porta de entrada para o esporte. Trabalhei até 2005, onde vieram novas oportunidades de trabalhar em 4 Ligas Nacionais de Futsal e 3 Superligas de Vôlei. As pessoas que estavam no meio esportivo começaram a ouvir falar do meu trabalho, do fisioterapeuta Denis Peres, e, desde então, com muito trabalho e dedicação, as portas foram se abrindo. Em 2008, veio minha primeira convocação para o Mundial de Futsal feminino em Vitória e, em seguida, para os Jogos Mundiais Universitários na Universidade em Belgrado, na Sérvia, segunda maior competição esportiva do mundo e nada mais, nada menos, que a primeira chance de trabalhar com atletas de Seleções Brasileiras.

Daí pra frente foram diversas competições nacionais e internacionais em diversas modalidades esportivas como futebol, vôlei, basquete, judô, entre outras que me fizeram conhecer o Brasil e o mundo, com mais de 39 países visitados e milhares de cidades. Aprendi muito, foi muito gratificante contribuir reabilitando ou reduzindo as dores de grandes atletas como Ronaldo no Futebol, Loiola no Vôlei de Praia, Buru no Futebol de Areia, Arthur Zanete na Ginástica, Maria Esther Bueno no Tênis, Dani Zangrando no Judô, Felipe França no Natação, Natália Falavigna no Taekwondo, entre muitos outros.

O mercado de hoje para a área de fisioterapia é desafiador, porém, com o envelhecimento da população, a demanda por fisioterapeutas deve crescer nos próximos anos em serviços de reabilitação de movimentos e alívio de dores crônicas. Nos grandes centros urbanos, os recém-formados podem encontrar alguma dificuldade em conseguir trabalho nas áreas tradicionais (respiratória, ortopédica e neurológica), mas existem outras especialidades promissoras, como a oncológica, a desportiva, a saúde da família e do trabalhador e a reabilitação cardiovascular. A fisioterapia hospitalar continua demandando profissionais, bem como Apaes e secretarias de Saúde, que oferecem vagas para fisioterapeutas no atendimento de pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS). Mas acredito que a fisioterapia é uma área como outra qualquer, com pontos positivos e negativos mas, que se houver dedicação e amor pela profissão, os resultados aparecem. Uma profissão muito jovem que tende a evoluir muito junto às outras áreas da saúde.

06) Recentemente participou do revezamento da Tocha Olímpica em Vitória. Como foi a emoção de receber a chama olímpica das mãos?
Em maio eu vivi uma grade experiência, fui convidado pelo COB para carregar a tocha olímpica. Acho que essa oportunidade foi um reconhecimento do COB a tantos anos trabalhando e de dedicação ao esporte e, apesar de ter participado de grande conquistas junto a grandes equipes, a emoção de carregar a tocha em casa, na minha cidade, ao lado da minha família, foi uma emoção indescritível.

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07)Já que estamos falando de olimpíadas no Brasil, você vai participar dela de alguma forma?
Nesses Jogos Olímpicos estarei apenas como espectador, pois acabei cedendo minha vaga junto a CBJ (Confederação Brasileira de Judô). Achei que seria um grande oportunidade de aproveitar os jogos junto da minha família, esposa e filhos, curtir um pouco esse momento único e não trabalhar, como nos anos anteriores. E, pensando bem, Tóquio 2020 está logo ali!!

08)Acha que o ensino que teve no Leonardo da Vinci contribuiu para sua vida, tanto pessoal quanto profissional? Quais as principais lembranças da época em que estudava no Leonardo da Vinci?
Sem dúvidas o Leonardo da Vinci foi fundamental em minha formação como homem. Tenho lembranças maravilhosas dos meus professores (Dodora, de Português; Marcelo Furtado, de Educação Física; Marlene, de Geografia; Jorge, de Matemática; Siri, de Física) e amigos. Com eles aprendi muitos valores e desenvolvi grande parte de minha vida social. Na verdade, grande parte de tudo que uso em minha vida pessoal e profissional vem do colégio.

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