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Parceria Solidária: encerramento de 2014

27 novembro de 2014

Por Camila Gava

Há quatro anos, o Da Vinci iniciou o projeto “Parceria Solidária” que consiste em aulas dadas por alunos voluntários do Da Vinci, com potencialidades em algumas frentes de conhecimento, a um grupo de estudantes da escola municipal Aristóbulo Barbosa Leão, com necessidade de tutoria para favorecer a aprendizagem significativa.

Essa parceria rendeu bons frutos e o projeto a cada ano que passa se fortalece cada vez mais. Em 2014, participaram do projeto 16 alunos da escola municipal Aristóbulo Barbosa Leão e mais 24 alunos do Da Vinci, além de professores e coordenadores.

No dia 14 de novembro aconteceu o encerramento do projeto da turma deste ano com um almoço e a entrega dos certificados. Estiveram presentes a diretora pedagógica do Da Vinci, Maria Helena Salviato Biasutti Pignaton e os coordenadores do projeto, Joelmo Costa, Cristiano Carvalho e Alexandre Zanotelli, alunos monitores do Da Vinci e o diretor da escola municipal Aristóbulo Barbosa Leão, Arnaldo Pereira, a coordenadora Luzimara Santana e alunos da escola pública, participantes da parceria.

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Acreditamos que mais uma vez os objetivos do projeto foram alcançados e que encerramos mais um ano com grandes vitórias.

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Leia a seguir o texto de duas alunas do Da Vinci participantes do projeto.

 O espírito da aprendizagem e da solidariedade

Por Luiza Handere Lorencini

O ano de 2014 foi repleto de acontecimentos construtivos para os alunos e funcionários, afinal “quem ensina também aprende”. O trabalho de um professor não é devidamente valorizado até você estar vivenciando o esforço de um.

Há quatro anos o Da Vinci vem proporcionando aos seus alunos-professores e alunos da Escola Aristóbulo Barbosa Leão uma incrível experiência, “a arte de aprender”. A Parceria Solidária proporciona momentos inesquecíveis de aprendizagem, socialização e principalmente desperta o espirito de solidariedade, afinal cada sorriso arrancado do rosto dos alunos é inesquecível, “um dia sem sorriso é um dia perdido”.

O trabalho por trás desse projeto é grandioso e construtivo, desde o planejamento de aulas até o momento efetivo da aprendizagem. Sextas feiras não são consideradas “perdidas” quando o real motivo é o acréscimo intelectual e espiritual.

Toda certeza que temos é que nada sabemos totalmente, que ninguém é melhor do que ninguém e que estamos todos juntos em função da aprendizagem, até porque aprender, segundo o dicionário Aurélio, significa “tomar conhecimento de algo, retê-lo na memória, graças ao estudo, observação e experiências”.

Sinônimos

Por Luiza Toribio Pimenta

Olhos atentos, desvelados. Livros abertos, ilimitados. Em pé, na frente, travestidos de professores, alunos. Ensinam verbos irregulares, funções exponenciais, vocábulos estrangeiros. Naquele momento, tomam posição de líder, comandante, dirigente. Tornam-se a voz mais alta, tornam-se maiores – ali na frente, são gigantes. Ali, diante dos pequenos vigilantes, aprendizes transformam-se em chefes; discípulos são mestres.

Nas horas emprestadas para o outro, a sabedoria é multiplicada. Vise que “sabedoria” nem sempre é sinônimo de “conhecimento”. O termo é traduzido em sapiência na mesma medida em que é vertido em entendimento do próximo. As aulas são espelhadas, reflexivas. Em um sentido vão pronomes, frações, conceitos; na direção oposta, vêm compreensões de mundo antes não sabidas.

Julgamentos – opiniões, juízos, concepções – são refeitos e recompostos à medida que os ponteiros passam. E, ali na frente, aqueles que antes eram alunos ora professores, agora volvem a pequenez do desconhecimento. Tanto sabem sobre matérias, tão pouco sobre a vida! Sentiam-se tão grandes, crescidos frente a classe; retornam então para posição de pupilos. Com olhos atentos, desvelados, observam seus discentes crescerem.

Nas horas dispostas pelos alunos-professores – horas concorridas, apertadas, queridas, raras – sinônimos e antônimos confundem-se. É dito que “quem ensina aprende em dobro”: contrários somados resultam em iguais. Membros da Parceria Solidária são chamados de “alunos-professores” por ministrarem lições em meio à rotina acadêmica, porém a definição do neologismo encontra-se inacabada, imperfeita, incompleta.

São alunos-professores aqueles educandos que promovem suas tardes para lecionar. São alunos-professores aqueles que almejam educar e percebem-se no mistério do mundo. São alunos-professores gigantes que, de súbito, veem-se pequenos – são aqueles que nas vicissitudes transformam avessos em favoráveis.

Olhos atentos, desvelados. Em pé, professores, alunos. Sentados, alunos, professores. Ensinam como lidar nas irregulares da idade, funções sociais, emoções estrangeiras. Ali, aprendizes transformam-se em chefes; discípulos são mestres e mestres são discípulos. Ali, de súbito – de repente, subitamente, imprevistamente – antônimos e sinônimos são o mesmo.

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Leia a seguir o texto de duas alunas da Escola Municipal Aristóbulo Barbosa Leão participantes do projeto.

Por Lara Souza Repinaldo Soeiro – 5ª SÉRIE

Este foi o meu primeiro ano de projeto, achei ótimo, pois nós de uma escola mais simples tivemos essa grande experiência que foi essa parceria.
O projeto me motivou muito, e me fez perceber o quanto nós, os alunos que fizeram, somos inteligentes, ao ponto de ter participado desse projeto em uma das melhores escolas de nosso estado.
Os alunos que nos davam aula eram ótimos e estavam sempre dispostos a nos ajudar.
Espero que o projeto continue ajudando outros alunos do mesmo jeito que me ajudou.
Fico grata por ter participado.

Por Leandra dos Santos Pereira – 8ª SÉRIE

Eu faço o projeto Parceria solidária desde 2011.
O projeto me ajudou muito nas aulas de matemática e inglês, porque as aulas dadas pelos alunos da escola parceira eram mais avançadas e isso fazia com que eu me desempenhasse muito nas aulas do cotidiano.
Tivemos uma experiência única de estar toda sexta-feira adquirindo mais conhecimento.
Eram ótimos os alunos que ministraram as aulas, eles explicavam de uma forma que nós poderíamos entender e estavam sempre dispostos a nos ajudar.
Espero que o projeto continue, porque assim como me ajudou, poderá ajudar outros alunos.
Fico grata por ter participado do projeto, que me motivou e fez muita diferença em minha vida.
E fico muito feliz por ter estudado na melhor escola do estado.

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