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Sustentabilidade – da reflexão à prática; do olhar observador à imersão

13 julho de 2018

Por Paulo de Tarso Rezende Ayub

Considerando a consistência da fala de acolhimento pronunciada pela Diretora Pedagógica na abertura do momento cultural propiciado às famílias dos alunos dos terceiros anos do Fundamental, por ocasião do sábado letivo em 07 de julho, com foco na ideia de sustentabilidade sob diferentes dimensões, divulgamos o texto na íntegra, já que ele traz a filosofia do projeto socializado no ambiente escolar e a abrangência pedagógica e cultural de que se reveste.

A leitura do texto contextualizador, aliada à observação das imagens que ilustram esta matéria, propiciará aos leitores interessados sentirem mais de perto o clima das iniciativas e vivências que atribuem às Ciências Sociais, desde as séries inciais do Fundamental, um  caráter reflexivo-transformador.

A aprendizagem significativa depende de abordagens assertivas por parte da Escola e de seus educadores. O intercâmbio entre diferentes áreas do conhecimento traz a possibilidade de progressão dos conteúdos e ampliações por parte dos estudantes. Os ambientes precisam ser explorados em sua riqueza pelos aprendentes, para que desenvolvam interesse, curiosidade e compreensão da interação do homem consigo mesmo, com o outro e com o meio. Criar consciência nas escolas para que cada indivíduo exerça a sua corresponsabilidade pela percepção de problemas e busca de soluções é fundamental para a integridade desta e das gerações futuras.

Munido desses propósitos, o projeto de Ciências Sociais trabalhado com seus filhos/nossos alunos, ao longo do ano letivo, diz respeito à sustentabilidade e instiga os participantes não só às habilidades cognitivas, mas também às atitudes crítica, ética, cidadã.

A etapa inicial teve como foco a Sustentabilidade Alimentar, já que os alunos/filhos vivenciaram atividades in loco no empreendimento Terra Nova, Feira Livre e Refeitório da Escola, para observação do plantio, comercialização, armazenamento e preparo dos alimentos, além da observância de hábitos saudáveis e sociais da alimentação. Muito provavelmente, já compartilharam com as famílias muitas das aprendizagens sociais colhidas no percurso.

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A segunda etapa priorizou o olhar para a sustentabilidade do patrimônio arquitetônico, mediante estudo de imagens e visitas presenciais ao Centro de Vitória e à Prainha em Vila Velha, durante as quais foi analisado o Conservado e o Depredado no entorno, assim como o homem no meio e o meio em si. Os alunos desenvolveram olhar observador para a limpeza ou não das vias públicas e o trato com o lixo; a presença de pichações e grafitagens; poluição sonora e visual; trânsito e mobilidade das pessoas; questões de acesso e acessibilidade; urbanidade nas relações sociais e profissionais.

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De posse do conhecimento construído ‘ao vivo e em cores’, e a partir de um conjunto de tomadas por parte da Escola, montaram uma mostra fotográfica que tivemos a oportunidade de conhecer e apreciar, cuidando desde a seleção das fotografias que lhes pareceram mais expressivas até a elaboração de legendas consistentes para contextualizá-las.

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CONFIRA A GALERIA ABAIXO.

A terceira etapa, no segundo semestre, abordará a Sustentabilidade do Meio Ambiente e será desdobrada em atividades com livros paradidáticos, revistas em quadrinhos, jogos, vídeos e leitura de imagens, culminando com uma Oficina de Sucatas para confecção de acessórios/objetos de utilidade, o que oportunamente será objeto de socialização com a comunidade educativa.

Outro diferencial que perpassa o projeto Sustentabilidade é que os alunos têm o compromisso de fazer registros individuais acerca de cada uma das etapas, em formato de scrapbook, o que lhes assegurará uma memória de todas as vivências que lhes foram propiciadas e uma oportunidade de expandir suas percepções/aprendizagens. Sobre esse material, já em processo de produção, podemos prenunciar sua consistência em matéria de autoria, livre expressão e criatividade.

A comunicação produtiva, aquela que se torna presente pela qualidade da informação e pela criação de uma cultura de respeito para valores a serem praticados nas interações humanas e relações com o meio, é o motivo principal pelo qual preparamos este movimento socializador.

Como protagonistas do processo, seus filhos e nossos alunos tiveram a oportunidade de demonstrar, mais detidamente, as intenções e desdobramentos do trabalho — visibilizados tanto pela exposição de fotografias de que já tratamos quanto por uma atividade externa complementar (coordenada pelo Projeto Cayman) que apresenta interface com o nosso trabalho, cujo foco é a preservação do jacaré de papo amarelo, espécie-símbolo da Mata Atlântica.

No desejo de que os aprenderes sejam socializados de verdade e de que os muros sejam transpostos para que o conhecimento humanizado se multiplique, desejamos a todos que tenhamos uma continuidade interessante de apreciação, partilha e muito, muito diálogo.

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