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Estudantes reescrevem o clássico Dom Casmurro

25 março de 2021

Da Vinci na mídia: Folha Vitória – 25 de março de 2021: Estudantes reescrevem o clássico Dom Casmurro. 

O que o romance clássico da literatura brasileira Dom Casmurro pode ter a ver com a discussão sobre o lugar da mulher na sociedade, questão protagonista especialmente no mês de março? A resposta para essa pergunta deu origem ao projeto que tem sido desenvolvido nas aulas de Literatura da 2ª série do Ensino Médio do Centro Educacional Leonardo da Vinci.

Originalmente escrita por Machado de Assis em 1899 sob a perspectiva do protagonista Bentinho, um homem do século XIX, a história de amor e ciúme agora é reescrita a muitas mãos pelos alunos a partir do ponto de vista da Capitu, com o desafio de responder ao grande questionamento do livro: Capitu traiu ou não Bentinho?

De acordo com o coordenador de Língua Portuguesa e Literatura Brasileira da escola, Marcos Ramos, o objetivo da iniciativa é, além de aguçar o olhar dos alunos para o uso de recursos narrativos característicos do autor, ampliar a compreensão de mundo a partir da contextualização da obra e do confrontamento do clássico com os dilemas atuais da sociedade.

“Dom Casmurro é uma história saborosa toda narrada em primeira pessoa pelo próprio Bento Santiago. É uma perspectiva única masculina sobre um relacionamento. Uma questão que há anos chama a atenção da crítica é a validade desse olhar: será que Bentinho diz a verdade ou seria apenas o ponto de vista de um homem do século XIX? A partir daí, os alunos estão, em um exercício inédito, analisando as características da personagem, criando especulações e fazendo exercícios narrativos para ‘dar voz à Capitu’”, esclarece Marcos.


Coordenador de Língua Portuguesa e Literatura Brasileira da escola, Marcos Ramos

 Durante este semestre, o coordenador explica que cada aluno será responsável por escrever dois capítulos do novo livro. “Dom Casmurro é uma obra bem antiga e que oferece desafios ao jovem leitor do século XXI, mas, com uma boa dose de mediação e diálogos, desfrutamos da história cheia de ironias e colocamos em debate um assunto relevante para a formação da atual geração”, finaliza Marcos.

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