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O atraso que deu certo!

17 novembro de 2023

Por: Maria Lúcia de Barros Rocha Ramalho – aluna do 6º ano I1
        Professor Antonio Carlos Pacheco Filho

Poderia ter sido um fim de tarde como tantos outros que vivemos e experimentamos na vida. Mas não foi e contarei a vocês o motivo.

Estávamos em nossa última visita da viagem acadêmica, na cidade de Belo Horizonte, e iríamos conhecer o Museu de Ciências Naturais da PUC. Estávamos um pouco atrasados no tempo; os professores estavam um pouco preocupados, mas nós, muito felizes e realizados, pois a viagem estava sendo absurdamente incrível.

Meu professor de Ciências, Antônio Carlos, em nossas aulas de preparação para a viagem, falava com muito entusiasmo sobre o gentil professor Cartelle, o curador da coleção de paleontologia do museu da PUC–MG, e nos contava com emoção já ter tido a experiência de visitar o laboratório dele em uma viagem acadêmica passada. Antonio se lembrava com detalhes da mesa gigante com pequenos, médios e grandes peças do passado. Eu ficava, então, sonhando como seria maravilhoso se pudesse ter a chance de conhecê-lo pessoalmente.

Esse sonho se tornou realidade e fiquei muito emocionada ao encontrar, assim que chegamos ao museu, o tão falado paleontólogo, cientista e professor Castor Cartelle. Mesmo atrasados, não poderíamos perder a oportunidade de falar com ele e ouvi-lo um pouco. Ele se mostrou uma pessoa gentil e atenciosa com todos os alunos. Tirou fotos, conversou com a gente e eu pude contar a ele que seria uma das alunas monitoras no museu, ou seja, falaria aos meus colegas algumas informações sobre espaços e objetos importantes daquele lugar, inclusive de itens encontrados por ele.

Pesquisei um pouco sobre o professor Cartelle para minha fala no museu e achei muito interessante uma das descobertas dele. Há mais de 40 anos, ele encontrou um fóssil raro de um feto de preguiça-gigante em uma caverna da cidade de Campo Formoso, na Bahia, enquanto fazia um trabalho de escavação em Toca da Boa Vista, uma das maiores cavernas do Brasil. O corpo petrificado do animal estava dentro da própria mãe e foi encontrado com toda ossada preservada. Cartelle se orgulha de ter encontrado o fóssil que ele considera um “ícone para a paleontologia brasileira”. Maravilhoso, não!?

Às vezes, contamos com uma pitadinha de sorte na vida. Encontrei o professor Cartelle no museu e reencontrei o meu professor de Ciências na escola. Durante nosso bate-papo diário, chegamos contentes a uma rápida conclusão: o atraso deu certo!

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