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Preservação do patrimônio – ações educativas

25 maio de 2016

O ideário do Da Vinci prima pela formação de homens comprometidos com as ideias de preservação e sustentabilidade, por defender que não se pode tratar como descartáveis elementos da paisagem natural e humanizada que compõem espaços de convivência ou integração; fragmentos de memória ou de perenidade.

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Considerando a presença de marcas de pichação na Praça da Convivência e atitudes de descuido em relação aos  brinquedos pedagógicos ali instalados, assuntos já abordados em matérias postadas neste site, abordamos a questão em duas frentes: acionamento dos coordenadores de disciplina para que intensifiquem seu olhar para a observação desses focos e realização de campanhas educativas internas, para ilustrar e denunciar atitudes de vandalismo e degradação do patrimônio natural e arquitetônico, sob diferentes dimensões.

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Em paralelo a esse trabalho de natureza institucional, recorreu-se a uma iniciativa de sensibilização e conhecimento humanizado, capitaneada por alunos de segundos e terceiros anos do Fundamental, os quais lidam com um currículo pautado em procedimentos com temas transversais que incutem neles espírito de cidadania e responsabilidade social. Com efeito, a cultura escolar praticada no Da Vinci desde as séries iniciais contribui para a formação de consciências em processo, ao retirar as crianças da zona de conforto familiar ou do domínio das individualidades.

 

Sem ensaios prévios ou discursos decorados, os alunos de tais séries visitaram, de dupla em dupla, todas as turmas da Escola, do sexto ano do Fundamental ao terceiro do Ensino Médio, para compartilharem seus sentimentos no tocante ao desrespeito com um lugar que lhes é afetivo e sensorial, extensão de sua casa, ponte para o convívio social e as relações humanas (eis o perfil que atribuem à Praça da Convivência, um projeto arrojado que integra arquitetura à natureza, homem ao meio).

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Agindo com a naturalidade da falta de malícia ou autocrítica que demarca a infância, retrataram o mais puro de seus sentimentos em relação ao ocorrido. Se de um lado a conduta madura das crianças provocou uma reação de respeito e encantamento nos seus interlocutores, por outro  parece ter representado uma pausa reflexiva para ressignificar valores e responsabilidades, visando ao bem-estar individual e coletivo, à integridade de pessoas e instituições.

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Os terceiranistas, imersos em suas preparações para o ENEM, mostraram-se surpresos ao viver de perto, como emanação de alunos no início de sua formação, uma das tônicas do exame que hoje funciona como principal porta de acesso ao ensino superior: a argumentação embasada com propostas de intervenção na realidade.

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Ao final de suas “palestras”, os palestrantes-mirins desculparam-se educadamente com os professores por interromper as aulas em andamento, mas não hesitaram em deixar no ar, semeando de grão em grão, perguntas retóricas: “Como se pode pichar o mesmo espaço em que os alunos se reúnem para conversar, brincar ou lanchar?”; “Podemos contar com a cooperação de vocês?”. Espera-se que a resposta uníssona que receberam de todos que os ouviram (como na brincadeira do ‘boca de forno’) possa mesmo se converter em mudança de atitude e superação da situação-problema.

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